Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível que lhe deres:
Trouxeste a chave?
Carlos Drummond de Andrade
HOMÔNIMAS
As palavras homônimas são palavras que têm a mesma pronúnica e a mesma grafia, ou apenas a mesma grafia, ou mesma pronúncia.
Como minha proposta inicial é fazer artigos curtos sobre os mais diversos assuntos, neste vou restringir o tema a um grupo de palavras que gera muitas dúvidas, principalmente em quem não está habituado a escrita das mesmas. É o grupo dos "porques", são eles: por que, porque, porquê e por quê.
Vamos, pois, destacar os casos em que se utilizam cada uma dessas formas.
POR QUE:
Quando fica subentendida a palavra RAZÃO ou MOTIVO.
Quando é substituível por PELO QUAL (e suas variações).
Obs.- Após os vacábulos "eis" e "daí", subentende-se a palavra " o motivo", isso justifica a grafia da palavra separadamente.
POR QUÊ:
Só é empregada NO FINAL DE FRASES que tenham apenas um ponto (final, interrogativo, exclamativo,...) depois dele.
PORQUE:
Só EM FRASES AFIRMATIVAS E RESPOSTAS (equivalente à POIS ou COMO).
PORQUÊ:
Sempre precedida de artigo e com o signifcado aproximado de RAZÃO/MOTIVO.
Translate
Inscreva-se no canal ProAlex
30.10.09
25.10.09
Metáfora
Metáfora é o emprego da palavra, fora do seu sentido normal, ou seja, um sentido figurado. Trata-se, pois, de uma comparação implícita.
"Amor é fogo que arde sem se ver" — Luís de Camões
O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.
Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
(GIL, Gilberto. in Um banda um. LP Electra, 1982, faixa 3, lado 1.)
"Amor é fogo que arde sem se ver" — Luís de Camões
O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.
Didaticamente, pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: "Lata"
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: "Meta"
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
(GIL, Gilberto. in Um banda um. LP Electra, 1982, faixa 3, lado 1.)
21.10.09
Crase
ÀS VEZES NUNCA
Pois é,... "você sempre soube, eu não sabia", e muitas vezes me perdia sem saber se usava o sinal de crase ou não. Mas agora, embora ainda tenha muito que aprender, posso apresentar algumas definições e dar algumas dicas:
Crase é um processo fonético onde ocorre a contração de duas vogais iguais. Na produção escrita, esse processo é representado por um acento agudo(`).
As condições básicas para que haja crase são:
- Vou à praia.
Eis um exemplo, tendo um advérbio como termo regente:
- Relativamente à pergunta, nada posso informar.
Eis um exemplo, tendo um adjetivo como termo regente:
- Ele é fiel à namorada.
MACETES
MACETE 1 - Substituir a palavra feminina por uma masculina. Se no contexto der 'ao', tem crase.
MACETE 2 - "Se, ao voltar, volto da, crase no a; se, ao voltar, volto de, crase pra quê?"
MACETE 3 - Verificar se há paralelismo:
'De' seguido de 'a', sem crase no 'a'.
'Da' seguido de 'a', com crase no 'a'.
'Do' seguido de 'a', com crase no 'a'.
Exemplo: Trabalho de segunda a sábado.
Estudo das 19 às 23 h.
Corri do aeroporto à rodoviária.
MACETE 4 - Substituir o substantivo feminino que aparece antes do 'a que' por um masculino. Se após esse processo der 'ao que', tem crase.
MACETE 5 - Substitua 'x horas' por 'meio-dia'. Se na troca der 'ao', tem crase; se der 'o', não tem crase.
MACETE 6 - Substitua a preposição 'a' pela preposição 'em' ou 'para'; se, com a substituição, o artigo definido 'a' permanecer, então tem crase.
MACETE 7 - Substitua os pronomes demostrativos 'aquele (a/s)' por 'este (a/s)' e 'aquilo' por 'isto', se antes aparecer a, tem crase.
ALGUMAS REGRAS
As regras sobre a crase são várias e devemos aprendê-las aos poucos.
- Crase antes de termo masculino? Só quando há uma palavra oculta entre a preposição e o termo masculino.
- Crase antes de pronome possessivo? Não é facultativa, depende do contexto. Caso haja dúvida, usar Macete 1.
- Crase antes de nome próprio feminino? É facultativa.
- Crase falsa? Sim, em locuções que indicam meio ou intrumento. Se não houver ambiguidade, o uso é facultativo.(vendeu à vista.)
- Crase antes do nome 'a distância'? Se houver a delimitação da distância, uso crase; se não, sem crase.
- Crase antes de pronome demostrativo? Substitua o substantivo feminino que aparece antes do pronome demostrativo por um substantivo masculino. Se na troca der 'ao que', tem crase; se der 'a que', não tem crase.
NÃO HÁ CRASE:
- Antes da palavra 'casa' quando vem com o sentido de residência, lar.
- Antes da palavara 'terra' quando está em oposição à 'mar'.
- Antes de artigo indefinido 'uma', 'um'.
- Antes de pronomes pessoais de tratamento (exceção feita a senhora, senhorita e dona).
- Antes de pronomes indefinidos e dos demostrativos 'esta' e 'essa'.
- Entre palavras constituídas de locuções adverbiais.
- Antes dos pronomes relativos 'quem' e 'cujo'.
Pois é,... "você sempre soube, eu não sabia", e muitas vezes me perdia sem saber se usava o sinal de crase ou não. Mas agora, embora ainda tenha muito que aprender, posso apresentar algumas definições e dar algumas dicas:
Crase é um processo fonético onde ocorre a contração de duas vogais iguais. Na produção escrita, esse processo é representado por um acento agudo(`).
As condições básicas para que haja crase são:
- que o termo regente (verbo, advérbio, adjetivo) exija a preposição 'a'.
- que o termo regido (nome feminino) admita o artigo definido ou o pronome demonstrativo 'a'.
- Vou à praia.
Eis um exemplo, tendo um advérbio como termo regente:
- Relativamente à pergunta, nada posso informar.
Eis um exemplo, tendo um adjetivo como termo regente:
- Ele é fiel à namorada.
MACETES
MACETE 1 - Substituir a palavra feminina por uma masculina. Se no contexto der 'ao', tem crase.
MACETE 2 - "Se, ao voltar, volto da, crase no a; se, ao voltar, volto de, crase pra quê?"
MACETE 3 - Verificar se há paralelismo:
'De' seguido de 'a', sem crase no 'a'.
'Da' seguido de 'a', com crase no 'a'.
'Do' seguido de 'a', com crase no 'a'.
Exemplo: Trabalho de segunda a sábado.
Estudo das 19 às 23 h.
Corri do aeroporto à rodoviária.
MACETE 4 - Substituir o substantivo feminino que aparece antes do 'a que' por um masculino. Se após esse processo der 'ao que', tem crase.
MACETE 5 - Substitua 'x horas' por 'meio-dia'. Se na troca der 'ao', tem crase; se der 'o', não tem crase.
MACETE 6 - Substitua a preposição 'a' pela preposição 'em' ou 'para'; se, com a substituição, o artigo definido 'a' permanecer, então tem crase.
MACETE 7 - Substitua os pronomes demostrativos 'aquele (a/s)' por 'este (a/s)' e 'aquilo' por 'isto', se antes aparecer a, tem crase.
ALGUMAS REGRAS
As regras sobre a crase são várias e devemos aprendê-las aos poucos.
- Crase antes de termo masculino? Só quando há uma palavra oculta entre a preposição e o termo masculino.
- Crase antes de pronome possessivo? Não é facultativa, depende do contexto. Caso haja dúvida, usar Macete 1.
- Crase antes de nome próprio feminino? É facultativa.
- Crase falsa? Sim, em locuções que indicam meio ou intrumento. Se não houver ambiguidade, o uso é facultativo.(vendeu à vista.)
- Crase antes do nome 'a distância'? Se houver a delimitação da distância, uso crase; se não, sem crase.
- Crase antes de pronome demostrativo? Substitua o substantivo feminino que aparece antes do pronome demostrativo por um substantivo masculino. Se na troca der 'ao que', tem crase; se der 'a que', não tem crase.
NÃO HÁ CRASE:
- Antes da palavra 'casa' quando vem com o sentido de residência, lar.
- Antes da palavara 'terra' quando está em oposição à 'mar'.
- Antes de artigo indefinido 'uma', 'um'.
- Antes de pronomes pessoais de tratamento (exceção feita a senhora, senhorita e dona).
- Antes de pronomes indefinidos e dos demostrativos 'esta' e 'essa'.
- Entre palavras constituídas de locuções adverbiais.
- Antes dos pronomes relativos 'quem' e 'cujo'.
15.10.09
Feliz dia dos professores!
Hoje, 15 de Outubro de 2009, comemora-se o dia do professor. Como aluno de Letras e esperançoso de um dia chegar "lá", sinto-me agradecido por aqueles que contribuiram, de uma forma ou de outra, para o meu crescimento e me ajudaram a ser melhor.
Porém, apesar de sempre haver estudado em escola pública, infelizmente - digo por mim, raramente ouvi um professor incentivando algum aluno a continuar ou a se dedicar mais aos estudos. Eu, graças à Deus, escontrei anjos pelo caminho que me ajudaram a chegar onde estou, mas muitos não tiveream a mesma sorte.
Hoje, posso afirmar que o estudo é um doss melhores caminhos para que quer se estabelecer profissional e enconômicamente, de forma sustentável, no mundo competitivo em que vivemos; e não vejo outra saída para muitos.
Voltando um pouco aos meus primeiros anos na escola, lembro-me de uma vez em que, na 1ª série do Ensino Fundamental, a professora de português perguntou para cada aluno o que pretendiam ser quando crescer. Naquele dia, eu disse que queria ser bombeiro, pois queria salvar vidas. Imaginem, bombeiro e salvar vidas. O fato é que muita coisa mudou com o passar do tempo. A gente "cai na real" e, muitas vezes, do que se desejava na infância fica apenas a essência, muda a forma. Acredito que foi isso que aconteceu comigo. Minha intenção agora é outra. Pretendo ser professor e, de certo modo, continuar com a decisão inicial de "salvar vidas". Muito pretencioso, mas um tanto realista. Pois, acredito que é através do conhecimento que muitos poderão ser salvos da exclusão social, conseguindo melhores empregos e, assim, melhorando as condições de vida para si e para seus famíliares.
Realmente, estou agradecido àqueles que, dentro de suas possibilidades, se esforçaram e conseguiram me ensinar um pouco do que sabiam e que sabem.
Meu obrigado, professores!
Porém, apesar de sempre haver estudado em escola pública, infelizmente - digo por mim, raramente ouvi um professor incentivando algum aluno a continuar ou a se dedicar mais aos estudos. Eu, graças à Deus, escontrei anjos pelo caminho que me ajudaram a chegar onde estou, mas muitos não tiveream a mesma sorte.
Hoje, posso afirmar que o estudo é um doss melhores caminhos para que quer se estabelecer profissional e enconômicamente, de forma sustentável, no mundo competitivo em que vivemos; e não vejo outra saída para muitos.
Voltando um pouco aos meus primeiros anos na escola, lembro-me de uma vez em que, na 1ª série do Ensino Fundamental, a professora de português perguntou para cada aluno o que pretendiam ser quando crescer. Naquele dia, eu disse que queria ser bombeiro, pois queria salvar vidas. Imaginem, bombeiro e salvar vidas. O fato é que muita coisa mudou com o passar do tempo. A gente "cai na real" e, muitas vezes, do que se desejava na infância fica apenas a essência, muda a forma. Acredito que foi isso que aconteceu comigo. Minha intenção agora é outra. Pretendo ser professor e, de certo modo, continuar com a decisão inicial de "salvar vidas". Muito pretencioso, mas um tanto realista. Pois, acredito que é através do conhecimento que muitos poderão ser salvos da exclusão social, conseguindo melhores empregos e, assim, melhorando as condições de vida para si e para seus famíliares.
Realmente, estou agradecido àqueles que, dentro de suas possibilidades, se esforçaram e conseguiram me ensinar um pouco do que sabiam e que sabem.
Meu obrigado, professores!
Assinar:
Postagens (Atom)