A representação, principalmente do homem e de deuses, por
meio de esculturas na Grécia antiga são uma das mais importantes formas de
expressão da cultura desse povo, revelando conceitos, técnicas e formas
artísticas respeitadas até hoje. Porém, embora tais fundamentos conservem sua
relevância artística e semelhanças entre as esculturas do período Clássico e
Helenístico, elas estão sujeitas às mudanças de pensamento, crenças e objetivos
de cada povo e época e, por isso, guarda poucas semelhanças com a escultura moderna.
Segundo Cíntia Pontes, do site Um olhar sobre a Arte, no
período Clássico (sécs. V e IV a.C.) “o tratamento do corpo é muito mais
realista e denota-se uma maior expressividade nos rostos, gestos e movimentos e
uma preocupação com as proporções” do corpo humano (sete cabeças) estabelecidas
por Policleto. Ademais, as esculturas passam a ganhar elegância e dinamismo, e
o nu é explorado com mais afinco.
Já no período Helenístico o interesse pela figura feminina -
em especial, a mulher nua - as roupas ao vento e as cenas do cotidiano ganham
destaque e mostram a sensualidade e um maior movimento nas esculturas. Essas
características revelam o “naturalismo” e o posterior “realismo expressivo”
dominante neste período.
Entretanto, a partir do século XX, com as Vanguardas
Europeias, novos conceitos, técnicas e formas passam a desafiar as técnicas
artísticas até então praticadas nas artes plásticas, na escultura. O
impressionismo, por exemplo, e sua busca de transmitir a impressão de
velocidade ou a impressão da passagem do tempo; o construtivismo, que na
escultura busca ir além do uso de materiais tradicionais – madeira, mármore,
bronze – e passa a utilizar papel, plástico, peças de utensílios inutilizados,
entre outras coisas, são exemplos dessas mudanças e anseios.
Desta forma, percebemos que, embora as esculturas do período
Clássico e Helenístico guardem certa semelhança, as esculturas modernas guardam
pouquíssimas semelhanças em relação às esculturas da antiga Grécia, pois são
utilizados conceitos, técnicas e formas muito diferentes e que visam a
objetivos até então não explorados.
REFERÊNCIAS
A arte da antiguidade clássica – Arte Grega. Blog Um olhar
sobre a Arte. Disponível em: <https://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/6368.html
> Acesso em: 20 mar 2020.
FERNANDES, Cláudio. "Escultura"; Brasil
Escola. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/artes/escultura.htm
> Acesso em 20 de março de 2020.
FERNANDES, Cláudio. "Tendências da escultura
moderna"; Brasil Escola. Disponível em: < https://brasilescola.uol.com.br/artes/as-tendencias-escultura-moderna.htm
> Acesso em 20 de março de 2020.