PARTE 1: O que é uma avaliação
processual?
A avaliação processual é uma pesquisa sobre a qualidade do ensino que está
sendo apresentado e o rendimento dos alunos durante o desenvolvimento de um
projeto ou estudo, o que deve se dar ao longo de um tempo suficiente para que
os alunos tenham se apropriado dos conhecimentos e habilidades propostas em
cada atividade.
Diga se também que este é um tipo de avaliação que está em conformidade com o
que prevê a Lei 9394/96 com relação a avaliação da educação básica, pois
privilegia um acompanhamento contínuo do desenvolvimento dos estudantes, com
“prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Embora esse tipo de avaliação tenha grande impacto na atuação dos professores e
na forma de avaliar os alunos, é importante salientar também que a avaliação
processual, ou qualquer outra, por si só, não resolve os problemas de
aprendizagem – problemas que podem estar relacionados não apenas à condição
econômica, social e cultural de cada estudante como também à capacidade gestora
e o quanto se investe nela em educação.
Portanto, é necessário que a avaliação processual sirva também às instituições
mantenedoras do ensino e seus representantes e agentes, levando-os a refletir
sobre possíveis problemas que as próprias instituições escolares podem causar e
que possam impactar negativamente tanto na qualidade do ensino quanto da
aprendizagem de seus estudantes, tendo como consequência uma restruturação e
maior investimento em material, espaço e estrutura que favoreçam o
desenvolvimento dos projetos de ensino e aprendizagem em cada instituição.
PARTE 2: Como o portfólio colabora na avaliação processual?
O portfólio é um documento importante no processo de ensino-aprendizagem.
Através dele pode-se fazer os registros gráficos, escrituras, desenhos,
fotografias, anotações e projetos. Segundo Marisa Szpigel, os portfólios podem
ser úteis para realizar a avaliação processual, pois:
“Possibilitam observar o ir e vir, o pensamento presente quando se produz algo,
os caminhos percorridos, as descobertas e dificuldades, os projetos, as
alterações de rota, as pesquisas e investigações que se ramificam por
diferentes campos. Evidenciam a qualidade do inacabado, contrapondo-se às
ideias de perfeição tão enraizadas quando se trata da arte.”.
Enfim, o portfólio colabora com a avaliação processual pois é uma forma de
torna-la mais coerente, contínua, formativa, compreendida pelos estudantes e
absolutamente integrada à prática artística, como sugerem os documentos
orientadores das práticas pedagógicas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
<https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf> Acesso em: 08 abril 2020.
SZPIGEL, Marisa. Instrumentos para
a avaliação processual em Arte. Site Nova Escola. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1783/instrumentos-para-a-avaliacao-processual-em-arte> Acesso em: 08 abril 2020.
NICOLIELO,
Bruna. Avaliação processual: o raio X do ensino e da aprendizagem na sala de
aula. Disponível em: < https://novaescola.org.br/conteudo/1411/avaliacao-processual-o-raio-x-do-ensino-e-da-aprendizagem-na-sala-de-aula>
Acesso em: 08 abril 2020.
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